COMO A VICHEM PODE AJUDÁ-LO A IMPLEMENTAR UM PROJETO MDL
O quê é o Protocolo de Quioto?
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as alterações climáticas (CQNUAC) é a instituição das Nações Unidas encarregada de coordenar pesquisas e medidas tomadas em relação à mudança do clima, e estabelece alvos de emissões (expressadas em dióxido de carbono equivalente) que uma Parte pode emitir durante o período de compromisso para alcançar o compromisso assumido, chamado quantidade atribuída de uma parte. O Protocolo de Quioto esboça “mecanismos” de como países industrializados podem assumir compromissos mais sérios e detalhados para reduzir os gases de efeito estufa.
CQNUAC:
http://unfccc.int/2860.php
Protocolo de Quioto:
http://www.mct.gov.br/clima/quioto/protocol.htm
O Protocolo de Quioto oferece três mecanismos: MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), IC (Implementação Conjunta) e CE (Comércio de Emissões). MDL se realiza entre os países incluídos no Anexo-I e paises não incluídos no Anexo I, enquanto os outros dois são contratos entre paises incluídos no Anexo I.
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O MDL definido no Artigo 12 permite às Partes no Anexo I implementar projetos para reduzir emissões em Partes não incluídas no Anexo I, e receber em troca Reduções Certificadas de Emissões (RCEs).
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O IC definido no Artigo 6 do Protocolo de Quioto permite às Partes incluídas no Anexo I implementar projetos para reduzir emissões, ou eliminar carbono da atmosfera, em outras Partes incluídas no Anexo I, e receber em troca Unidades de Redução de Emissões (UREs)
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O CE definido no Artigo 17 do Protocolo de Quioto permite às Partes do Anexo I adquirir unidades de outras Partes do Anexo I e usa-las para alcançar os compromissos assumidos sob o Protocolo de Quioto.
Os produtos destes três mecanismos são as RCEs (Reduções Certificadas de Emissões) do MDL, UREs (Unidades de Redução de Emissões) da IC e AAUs (Assigned Amount Units) do CE. Todos representam reduções de gases de efeito estufa mas têm papéis diferentes no comércio de emissões. Por exemplo, as RCEs devem ser transformadas em UREs ou AAUs quando são transferidas entre países do Anexo I.
Quais Gases de Efeito Estufa estão em questão?
O objetivo do Protocolo de Quioto é reduzir emissões dos seis principais gases de efeito estufa, sendo eles :
Gás
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Origem
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Potencial de Aquecimento Global (PAG)
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Dióxido de carbono (CO2)
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Respiração e queima de biomassa, mudança de uso dos solos, energia, transporte, indústria, etc.
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1
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Metano (CH4)
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Energia, aterros, ruminantes, tratamento de resíduos, cultura de arroz, queima de biomassa, etc.
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21
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Óxido nitroso (N2O)
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Transporte, indústria, gado, queima de biomassa, etc.
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310
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Hidrofluorcarbonos (HFCs)
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Indústrias de refrigeração e ar condicionado, agentes extintores
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140~11,700
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Perfluorcarbonos (PFCs)
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Processos da indústria eletrônica
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6,500~9,200
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Hexafluoreto de enxofre (SF6)
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Gás dielétrico para aplicações em alta tensão
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23,900
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O número na ultima coluna mostra que nem todos os Gases de Efeito Estufa têm o mesmo impacto sobre a mudança de clima : O Potencial de Aquecimento Global é o coeficiente do aquecimento causado por uma substância sobre o aquecimento causado pela mesma massa de dióxido de carbono. CFC-12, por exemplo, tem um PAG de 8 500, enquanto água tem um PAG de zero.
Por isso, implementar um projeto para a destruição de fluorcarbonos causará um impacto positivo sobre o aquecimento global muito importante, e contribuirá consideravelmente à redução de emissões para alcançar objetivos.
Na prática, como isso funciona?
Participantes de projetos que queiram validar/registrar um projeto MDL podem:
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utilizar uma metodologia previamente aprovada pelo Conselho Executivo do MDL
ou
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submeter uma nova metodologia ao Conselho Executivo para estudar e aprovar, se esta for apropriada
A VICHEM oferece uma tecnologia para projetos relativos à destruição de fluorcarbonos. A nossa tecnologia é baseada na oxidação térmica, que foi previamente aprovada pelo Conselho Executivo do MDL sob o número de metodologia AM0001. O link abaixo é sobre o documento de aprovação de um projeto de oxidação térmica de HFC-23 (HFC-23 tem um PAG de 11 700).
http://cdm.unfccc.int/UserManagement/FileStorage/AM0001_version3%20.pdf
Além disso, o "Estudo de aceitabilidade ambiental de fluorcarbonos alternativos" Alternative Fluorocarbons Environmental Acceptability Study (AFEAS http://www.afeas.org) fez uma pesquisa (http://www.afeas.org/production_and_sales.html) que mostra o declínio da produção de fluorcarbonos. Entre as dez empresas químicas participantes da pesquisa, três delas são clientes do sistema de oxidação térmica Vichem para gases fluorados.
Por quê a tecnologia Vichem é a melhor?
Porque o HFC23 é um gás extremamente estável, é muito difícil destrui-lo; Vichem tem a experiência e o know-how tecnológico para resolver os quatro principais problemas relativos à decomposição de HFC23:
1) Tempo de residência
Conforme à diretiva européia 2000/76/EC e à legislação da Agência Americana do Ambiente (EPA’s Standards for Hazardous Air Pollutants for Hazardous Waste Combustors), caso os resíduos contenham mais de 1% de halogenados, expressos em conteúdo de cloro, a destruição térmica deverá ser feita à temperatura mínima controlada de 1100°C (nós optamos por pelo menos 1200 °C) e um tempo de residência mínimo de 2 segundos. É o caso para o maior número de instalações de HCFC22, onde os resíduos gasosos são uma mistura de HFC23 e HCFC22. A VICHEM concebeu um forno feito de Inconel com refratário especial (alto teor de alumina, zero teor de sílica) para permitir este tempo de residência de 2 segundos. O forno é independente do queimador (não tem chama dentro). Qualquer sistema que não permita este tempo de residência não é conforme às legislações da União Européia ou dos Estados Unidos.
2) Chama turbulenta
A Vichem concebeu e patenteou um sistema avançado de queimador chamado Pulvaporizador®, que cria uma turbulência extremamente alta na chama, garantindo uma mistura homogênea dos resíduos gasosos, líquidos e em forma de vapor (caso hajam), com o ar de combustão. Assim, HFC23 é destruido com uma Eficiência de Remoção e Destruição garantida de 99,999%, sem geração de subprodutos.
3) Dioxinas
Como evitar a formação de subprodutos tais como as dioxinas? O Pulvaporizador® Vichem, com a sua elevada turbulência, garante uma excelente eficiência de destruição, evitando a formação de qualquer subproduto nesta etapa. Nos sistemas dos nossos concorrentes, dioxinas se formam novamente durante a fase de resfriamento, quando os gases estão à temperatura entre 250°C e 400°C. Isto é evitado no sistema Vichem porque nos desenvolvemos um quench (sistema de resfriamento) para gases que abaixa a sua temperatura de 1200°C para 50°C em alguns millisegundos, passando pela faixa de temperatura durante a qual as dioxinas são geradas rápido demais para permitir a sua geração. No processo dos nossos concorrentes, uma câmara de resfriamento de grafite é usada em vez de um quench, provocando um resfriamento lento e a subseqüente geração de dioxinas.
4) Instrumentação e medidas de gás
Medir e analisar os gases na entrada e na saída da unidade de tratamento é uma das questões mais problemáticas em projetos MDL para o tratamento de HFC-23. Trabalhando há mais de 50 anos na concepção, instalação e comissionamento de unidades para o tratamento de resíduos industriais perigosos, a Vichem desenvolveu um valioso e extenso know-how em instrumentação de unidades e medições de gases. Nós podemos estudar a solução mais precisa e vantajosa para cumprir com os requisitos do Conselho Executivo do MDL.
Onde se encontram esses gases fluorados?
HFCs
Designação
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Principais aplicações
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HFC-23
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subproduto da produção de HCFC-22
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gás refrigerante de baixa temperatura
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agentes extintores
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HFC-32
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elemento de mistura para equipamento de ar condicionado e refrigeração comercial
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HFC-43-10mee
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solvente para aplicações especializadas
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HFC-125
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elemento de mistura para equipamento de ar condicionado e refrigeração comercial
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agentes extintores
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HFC-134a
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elemento de mistura para ar condicionado móvel ou estacionário, e para geladeiras ou congeladores domésticos
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propulsante para espumas de poliestireno extrudido (XPS)
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HFC-143a
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elemento de mistura para equipamento de ar condicionado e refrigeração comercial
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HFC-152a
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agente propulsor para aerossóis industriais especializados
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produto dilatador espumas de poliestireno extrudido (XPSS)
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HFC-227ea
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agente propulsor de aerossóis médicos
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agentes extintores
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HFC-236fa
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HFC-245fa
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produto dilatador para espumas de poliuretano (PUR)
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HFC-365mfc
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produto dilatador para espumas de poliuretano (PUR) e espumas fenólicas
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elemento de mistura para solventes
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Perfluorcarbonos - PFCs
Os PFCs gasosos e líquidos são tradicionalmente usados em vários processos da indústria eletrônica, desde a produção de semicondutores para circuitos integrados frontais, testes de controle de qualidade de circuitos integrados, até resfriamento por contato direto com dielétricos de conjuntos eletrônicos de potência.
Hexafluoreto de enxofre - SF6
O hexafluoreto de enxofre (SF6) é um excelente gas dielétrico para aplicações de alta tensão.
A informação acima é traduzida do site
http://www.fluorocarbons.com
Quais são os resultados, e o seu impacto financeiro?
O diagrama abaixo mostra a evolução de emissões sem implementação de projeto (linha vermelha). Ela é crescente porque leva em consideração a hipótese de aumento de produção. A linha verde mosta a evolução das emissões quando um projeto é implementado. A zona verde claro mostra o volume de emissões que podem ser comercializadas.
A comercialização de emissões ainda não está definida para um horizonte após o ano de 2012. A decisão do futuro da venda desses créditos para depois de 2012 será decidida num futuro próximo.
Esse gráfico demonstra a soma dos ganhos possíveis pelo comércio de emissões:
Créditos de emissões x PAG x Preço do mercado
Em empresas privadas, o comércio de emissões é muito interessante porque não prejudica questões industriais, e também não necessita de subsídios do governo. Quando o preço por tonelada de emissões chega a ser bastante alto, empresas poluidoras que são bem administradas podem tomar a decisão racional de investir em equipamentos de redução de poluição, e vender parte dos seus direitos de emissões.
Em alguns dos sistemas propostos, o governo concede créditos de impostos às empresas. No entanto, essas medidas são mais custosas aos governos e acabam se tornando menos populares.
O comércio de emissões também é interessante para organizações ambientais de interesse público, porque num mercado aberto elas podem comprar direitos de emissões e removê-las do mercado. Isso reduz de modo permanente a quantidade total de poluição produzida.
A informação acima é traduzida do site http://en.wikipedia.org/wiki/Emissions_trading